quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

2015

50 Filmes Favoritos (Circuito Nacional)
Menções honrosas:
50) Dois Amigos - Louis Garrel (6/10)
49) 007 Contra Spectre - Sam Mendes (6/10)
48) A Incrível História de Adaline - Lee Toland Krieger (6/10)
47) A Espiã Que Sabia De Menos - Paul Feig (6/10)
46) Amizade Desfeita - Levan Gabriadze (6/10)
45) Cala a Boca, Philip - Alex Ross Perry (6/10)
44) Missão Impossível: Nação Secreta - Christopher MacQuarrie (6/10)
43) Eden - Mia Hansen-Love (6.5/10)
42 Mia Madre - Nanni Moretti (6.5/10)
41) Aloha - Cameron Crowe (6.5/10)
40) Evereste - Baltasar Kormákur (6.5/10)
39) A Pele De Vênus - Roman Polanski (6.5/10)
38) Cidades De Papel - Jake Schreier (6.5/10)
37) Vício Inerente - Paul Thomas Anderson (6.5/10)
36) Chatô - O Rei Do Brasil - Guilherme Fontes (6.5/10)
35) Magic Mike XXL - Gregory Jacobs (6.5/10)
34) Amor à Primeira Briga - Thomas Cailley (7/10)
33) O Pequeno Quinquin - Bruno Dumont (7/10)
32) Dívida De Honra - Tommy Lee Jones (7/10)
31) Tristeza e Alegria - Nils Malmros (7/10)

30) Noite Sem Fim - Jaume-Collet Serra (7/10)
A dinâmica espacial construída por Serra aqui é absolutamente impressionante, principalmente em ambientes internos. A belíssima paleta de cores e a cinematografia em 35 mm fornecem um belo contraste iconográfico retro à narrativa, toda a ação é muito bem desenvolvida e essa ambiência nova-iorquina dá ao filme toda uma jocosidade formal digna. É uma pena que a decupagem tenha sido tão apressada e descuidada, a maioria das cenas individuais não se consolidam (principalmente na primeira metade) porque elas perdem toda a cinética interior ao plano (preciosa nas mãos de Serra) com esse arroubo frenético, tornando toda a progressão dramática muito menos potente do que poderia ser.

29) O Destino de Júpiter – Andy Wachowski, Lana Wachowski (7/10)
Uma ópera barroca espacial, com cenas de ação maravilhosamente bem filmadas e peculiaridades sutis que o fazem brilhar em comparação com outras super produções norte americanas. Concebe todo um universo inventivo e distópico, onde as variadas ideias doidas de sci-fi dos irmãos Wachowski funcionam miraculosamente bem em conjunto. Possui alguns problemas narrativos (a redundância elíptica dos conflitos familiares, um número razoável de sequências apressadas), diálogos mal desenvolvidos e é um pouco histriônico em uma quantidade razoável de cenas, mas mantém-se como um exercício incomparavelmente superior aos Marvels, Nolans e afins.


28) Ponte De Espiões – Steven Spielberg (7/10)
Essa nova fase premingeriana do Spielberg tem me agradado muito. A primeira metade do filme está entre o que Hollywood produziu de melhor no ano.


27) Amor, Drogas e Nova York – Joshua Safdie, Ben Safdie (7/10)
Muitíssimo bem fotografado, o digital raramente encontra essa textura paradoxalmente opaca e vívida. É uma crônica hiper-realista conduzida em uma estética dardenne indie.


26) Táxi Teerã – Jafar Panahi (7/10)
É quase impossível não compará-lo ao ‘Dez’, o que não é muito positivo para este: é claramente um filme bem inferior ao de Kiarostami. Ainda assim, percebe-se uma aprimoração por parte de Panahi, que constrói uma narrativa com momentos hilários e uma consciente apresentação de personagens, ainda que o filme não seja perfeitamente concatenado.

25) A Travessia – Robert Zemeckis (7/10)
De uma sinceridade que eu honestamente não saberia exprimir.

24) Três Lembranças Da Minha Juventude – Arnaud Desplechin (7/10)
Os dois primeiros atos são bastante fragmentados e não conseguem se estruturar de maneira convincente – algumas elipses chegam a ser inexplicáveis - porém no terceiro tudo se ajeita de forma sublime, e a primeira metade do filme acaba esquecida com o esplendor da segunda.


23) Dois Dias e Uma Noite – Jean-Pierre Dardenne, Luc Dardenne (7.5/10)
Exemplar dardenniano onde o notável domínio narrativo dos irmãos se mostra forte como sempre, em um enredo comovente com mais uma boa interpretação de Cotilliard.


22) Branco Sai, Preto Fica – Adirley Queirós (7.5/10)

É um estranho ponto de inflexão entre um faroeste fordiano, um sci-fi B sessentista e uma crônica de humor ácido política. Personagens solitários, nostálgicos e amargurados compõem o cenário para esse conto desesperador de solidão, abandono, desilusão e desejo de vingança.


21) Mad Max: A Estrada Da Fúria – George Miller (7.5/10)
Não é o melhor filme de ação do ano como foi vendido, nem sequer no circuito nacional (imagina no internacional com Blackhat, SPL 2...), mas ainda assim um excelente filme que demonstra um olhar muito habilidoso de Miller ao utilizar toda uma dinâmica frenética em prol de alguns elementos muito básicos da ação, tudo com o auxílio de um CGI que mescla bem com a dramaturgia (pelo menos na maior parte do tempo). É um resgate das melhores tendências formalistas do Miller, e eu sinceramente não consigo imaginar ele realizando um ensaio tão expansivo e esclarecedor da sua visão ao explorar o espaço cinematográfico como aqui.


20) A Lenda Da Princesa Kaguya – Isao Takahata (7.5/10)

É tudo verdadeiramente muito bonito nessa fábula do Takahata em defesa da animação japonesa tradicional. Visivelmente realizada por alguém apaixonado pelo gênero.


19) A Corrente Do Mal – David Robert Mitchell (7.5/10)

Horror slasher com ares setentistas muito lúcido e auto consciente, possui toda uma dinâmica bem própria e uma progressão bastante atípica para o gênero, graças ao cuidadoso trabalho de composição realizado por Mitchell.

18) Mapas Para As Estrelas – David Cronenberg (7.5/10)
É uma espécie de burlesco metafísico em um cemitério, como disse o roteirista Bruce Wagner. Funciona como um interessante ponto de inflexão na carreira de Cronenberg - após sua fase rohmeriana de Cosmópolis e Um Método Perigoso, o diretor constrói um filme de horror que utiliza como pano de fundo o glamour da vida em Hollywood para expor sérios dramas familiares.


17) Pássaro Branco Na Nevasca – Gregg Araki (7.5/10)

Integralmente lapidado em cima de camadas de maneirismos estéticos, é um filme onde tudo vai sendo posto aos poucos em perspectiva com a progressão da trama. Os fetichismos do diretor (formalismos nos planos, mise-en-scène perfeccionista, cenas oníricas plastificadas, alguns cortes mais abruptos) funcionam tão bem aqui exatamente por emanarem uma certa sinceridade e toda uma lógica estruturalista, com seus planos iluminados e suas guinadas quase óbvias de roteiro. Toda essa iconografia conceitual é o que difere o filme de outros dramas dispensáveis do mesmo tema (as falácias latentes na família idealizada norte americana), filmes estes que normalmente sofrem de afetações menos orgânicas e toda uma pretensa seriedade que aparenta almejar uma abordagem poética, mas que acabam soando como uma crise histriônica frágil e insípida (Beleza Americana é um nome que surge imediatamente).


16) O Cheiro Da Gente – Larry Clark (8/10)
Ninguém filma corpos como Clark, ainda mais corpos se relacionando sexualmente: ele aqui propõe um filme praticamente ausente de narrativa, com um redemoinho de imagens em uma montagem fragmentada com ares de Ferrara. É uma das exposições mais pervertidas da sua carreira.

15) Expresso Do Amanhã – Joon-Ho Bong (8/10)
Um trem civilizatório sofrendo uma revolução marxista. Capitalismo, princípio da escassez econômica, lealdade, amor e resistência.


14) Sniper Americano – Clint Eastwood (8/10)

Provavelmente o filme mais mal compreendido do ano, é um estudo de personagem devastador de hermenêutica complexa. Não há espaço para dramatização, os cortes são secos e a narrativa peremptória, exercício no qual toda a força reside no que não é dito mas depreendido. A violência cultivada desde o berço resultando na destruição total do indivíduo, que no fim acaba morrendo pelo seu próprio reflexo no espelho, uma alma condenada pelas suas convicções, com o mesmo boné enfiado no escalpo, o mesmo olhar perdido e a mesma desilusão conjuntural.

13) Jornada Ao Oeste – Tsai Ming-Liang (8/10)
Um filme sobre movimento, definido por incríveis composições de plano onde ocorre uma espécie de dança sublime em slow-motion em contraponto com a rapidez da cidade.


12) Norte – O Fim Da História – Lav Diaz (8/10)
A releitura de Lacan por Zizek camuflada em um enredo raskolnikoviano filmado por Diaz: é tão bom quanto soa ser.

11) La Sapienza – Eugène Green (8/10)
A abordagem formal de Green funciona maravilhosamente bem aqui, como de costume, com cenas absolutamente magistrais, construídas sob o escopo de uma arquitetura como ferramenta transcendental e política. A maneira como as obras arquitetônicas renascentistas e românticas são filmadas é maravilhosa.

10) Acima Das Nuvens – Olivier Assayas (8.5/10)
O tempo, imaterial e contínuo, influindo na progressão da narrativa e construindo um estudo de personagem devastador. Assayas arquiteta, com sua habitual maestria, um exercício metalinguístico exasperante de dramaturgia fortíssima.

9) Duas Irmãs e Uma Paixão – Dominik Graf (8.5/10)
Um estudo de espaço, luz e mise en scène de cuidado dramatúrgico tangível. A arquitetura aparenta engolir as personagens na primeira metade do filme, com a natureza e o formalismo edificante idealizando as relações do triângulo amoroso (possibilitando nascerem boa parte das cenas mais belas do ano). Porém, conforme a trama progride e os conflitos afloram, os três protagonistas vão ganhando mais espaço, e o melodrama vai se tornando cada vez mais notável. É uma novela de época alemã de estética renascentista (a paleta de cores, a escolha de planos, a ambientação em geral) e forma contemporânea (as variações diegéticas, os cortes e experimentações na decupagem, as alternâncias nas escolhas autorais).

8) Noites Brancas No Píer – Paul Vecchiali (8.5/10)
Um exercício de luz e retórica. É tudo tão lindo que por vezes chega a doer.

7) A Visita – M. Night Shyamalan (8.5/10)
No fim as confrontações são muito claras: o espelho quebrado, a paralisia e a humilhação subsequente, a necessidade de redenção pela imagem – basicamente é um filme que consegue fazer com que as maiores qualidades de Shyamalan se superponham aos seus maiores defeitos: uma força imagética telúrica em prol de uma bem concatenada associação de eventos que através dessas metáforas super óbvias intensificam o potencial dramático do filme, ensejo que funciona tão bem exatamente por essa abordagem despretensiosa conceitualmente de um material cinematograficamente sofisticado. É raríssimo também vermos um filme que consegue mesclar comédia, suspense e horror de uma maneira tão natural, descompromissada e divertida. Depois de Lady In The Water, meu Shyamalan favorito.

6) Um Amor a Cada Esquina – Peter Bogdanovich (8.5/10)
Espetacular exemplar de screwball comedy, gênero que raramente vemos filmado com tanta paixão e eficácia (lembra obras primas como 20th Century, Bringing Up Baby, Trouble In Paradise, The Awful Truth, His Girl Friday, The Lady Eve...). Bogdanovich tem plena consciência de tudo que submete ao filme, e como consequência temos um dos enredos rocambolescos mais simples,belos e divertidos do ano.


5) Phoenix – Christian Petzold (9/10)

A Alemanha tentando acobertar o seu passado. É um faz-de-conta e uma cegueira voluntária que vem tanto da parte de Hoss em recusar-se a admitir o que o marido havia feito como também de Johnny ao não perceber que a esposa ainda estava viva. O crítico Filipe Furtado o chamou de “uma refilmagem de Vertigo aos olhos de Fassbinder”, e é uma definição muito boa ao analisarmos a obra em termos estéticos e narrativos: o enredo à la Vertigo fornece um background que faz com que o viés político da obra funcione muito bem. Daqueles filmes que você assiste e em seguida fica uma semana tentando se recuperar do peso dramático e histórico que se submeteu.


4) Pasolini – Abel Ferrara (9/10)

Tudo é política.


3) Para o Outro Lado – Kyioshi Kurosawa (9.5/10)

O sobrenatural como uma extensão espontânea da natureza. Se a dramaturgia (que foi tão injustamente criticada) se estabelece de acordo com essa naturalidade do metafísico, as imagens também devem seguir o mesmo caminho. Daí a opção do título em português ter sido tão ingênua: não é uma ida ‘para o outro lado’ e sim literalmente ‘para a costa’. É uma representação do que há de mais mundano e humano, o metafísico como realidade plena e tangível. Não me recordo de já ter visto um filme que trata o luto tão elegantemente.


2) Adeus à Linguagem – Jean-Luc Godard (9.5/10)

É preciso transver o mundo. Reside nas imagens de Godard uma certa força que resiste, força que decorre de uma transdução telúrica entre a manipulação das modalidades do sensível e a natureza transcendente. No fim, observamos o cachorro dormindo e nos perguntamos se ele está sonhando com as Ilhas Malvinas. E nós o invejamos por ter essa liberdade de sonhar. Não, calma... Ilhas Malvinas?


1) Jauja – Lisandro Alonso (10/10)

É daqueles filmes que nos faz repensar toda a obra de um artista, revelando o que Alonso sempre foi: um fabulista. Começa como uma alegoria ao colonialismo e transmuta-se em uma derivação de faroeste fordiano, apenas para no fim se consolidar como puro cinema. Um jogo iconográfico estratificado que se ressignifica constantemente no olhar retratista de Alonso, em uma reconstrução espacial da Argentina colonial arquitetada magistralmente.

100 Álbuns Favoritos

n) banda – álbum (música favorita)

1) Kendrick Lamar – To Pimp a Butterfly (u)
2) Joanna Newsom – Divers (Sapokanikan)
3) Kamasi Washington – The Epic (Miss Understanding)
4) Björk – Vulnicura (Black Lake)
5) Julia Holter – Have You In My Wilderness (Feel You)
6) Destroyer – Poison Season (Forces From Above)
7) Death Grips – Jenny Death (On GP)
8) Sufjan Stevens – Carrie And Lowell (Should Have Known Better)
9) FKA Twigs – M3LL155X (In Time)
10) Stara Rzeka – Zamknely Oczy Ziemi (Nie Zbliazj Sie Do Ognia)
11) Container – LP (Eject)
12) Vince Staples – Summertime ’06 (Señorita)
13) Dr. Dre – Compton (Deep Water)
14) Matana Roberts – COIN COIN Chapter Three: River Run Thee (Always Say Your Name)
15) Tulipa Ruiz – Dancê (Jogo Do Contente)
16) Natalie Prass – Natalie Prass (My Baby Don’t Understand Me)
17) Father John Misty – I Love You, Honeybear (Bored In The U.S.A.)
18) Algiers – Algiers (Irony. Utility. Pretext.)
19) Clarence Clarity – No Now (Alive In The Septic Tank)
20) Leviathan – Scar Sighted (Dawn Vibration)
21) Chelsea Wolfe – Abyss (Grey Days)
22) Joey Bada$$ – B4.DA.$$ (Paper Trail$)
23) Beach House – Depression Cherry (Space Song)
24) Viet Cong – Viet Cong (Pointless Experience)
25) Jenny Hval – Apocalypse Girl (That Battle Is Over)
26) Zs – Xe (Wolf Government)
27) James Ferraro – Skid Row (Skid Row)
28) Ian William Craig – Craddle For The Wanting (Habit Worn And Wandering)
29) Dr. Yen Lo – Days With Dr. Yen Lo (Day 110)
30) Ghost – Meliora (Cirice)
31) Donnie Trumpet & The Social Experiment – Surf (Warm Enough)
32) Sun Kil Moon – Universal Themes (With a Sort Of Grace I Walked To The Bathroom To Cry)
33) The Game – The Documentary 2.5 (Gang Bang Anyway)
34) KEN Mode – Success (Blessed)
35) Tribulation – The Children Of The Night (The Motherhood Of God)
36) Beach House – Thank Your Lucky Stars (She’s So Lovely)
37) The Underachievers – Evermore: The Art Of Duality (Chasing Faith)
38) Sleaford Mods – Key Markets (Silly Me)
39) Napalm Death – Apex Predator - Easy Meat (Apex Predator – Easy Meat)
40) Jlin – Dark Energy (Black Ballet)
41) Bixiga 70 – Bixiga 70 III (Ventania)
42) John Wiese – Deviate From Balance (Segmenting Process For Language)
43) Prurient – Frozen Niagara Falls (Dragonflies To Sew You Over)
44) The Pop Group – Citizen Zombie (Mad Truth)
45) Jeff Rosenstock – We Cool? (Get Old Forever)
46) Iglooghost – Chinese Nü Yr (Gold Coat)
47) Drake – If You’re Reading This, It’s Too Late (Know Yourself)
48) Ben Zimmerman – The Baltika Years (Phyllis)
49) Grimes – Art Angels (Flesh Without Blood)
50) Ought – Sun Coming Down (Men For Miles)
51) 2814 – Atarashi Ni~Tsu No Tanjo (Shinjiysu No Koi)
52) Lotic – Agitations (Trauma)
53) SOPHIE – Product (Elle)
54) Tame Impala – Currents (Yes I’m Changing)
55) Jamie xx – The Colour (Seesaw)
56) A Sunny Day In Glasgow – Planning Weed Like It’s Acid / Life Is Loss (Jet Black, Starlit)
57) Ash Koosha – GUUD (Harbour)
58) Floating Points – Elaenia (Silhouettes (I, II, III))
59) Baroness – Purple (Morningstar)
60) Kurt Vile – B’lieve I’m Going Down… (Preety Pimpin)
61) Cícero – A Praia (A Praia)
62) Panopticon – Autumn Eternal (Sleep To The Sound Of The Waves Crashing
63) Nao – February 15 EP (Inhale Exhale)
64) Beat Detectives – Boogie Chillen / The Hills Of Cypress (Part 2 – the way of cellophane)
65) Siba – De Baile Solto (Marcha Macia)
66) Everything Everything – Get To Heaven (Get To Heaven)
67) Guizado – O Vôo Do Dragão (Tigre)
68) Liturgy – The Ark Work (Reign Array)
69) Deerhunter – Fading Frontier (Snakeskin)
70) Sleater-Kinney – No Cities To Love (Bury Our Friends)
71) The Mountain Goats – Beat The Champ (Southwestern Territory)
72) Holly Herndon – Platform (Interference)
73) Busdriver – Thumbs (Worlds To Run)
74) Beach Slang – The Things We Do To Find People Who Feel Like Us (Ride The Wild Haze)
75) Bell Witch – Four Phantoms (Suffocation, a Burial I – Awoken (Breathing Teeth))
76) Pusha T – King Push – Darkest Before Dawn: The Prelude (M.F.T.R.)
77) Injury Reserve – Live From The Dentist Office (TTKTV)
78) Lianne La Havas – Blood (Tokyo)
79) Alabama Shakes – Sound & Color (Sound & Color)
80) Lower Dens – Escape From Evil (Quo Vadis)
81) Mount Eerie – Sauna (Spring)
82) Lucas Vasconcellos – Adotar Cachorros (Adotar Cachorros)
83) Panda Bear – Panda Bear Meets The Grim Reaper (Crosswords)
84) Courtney Barnett – Sometimes I Sit And Think, Sometimes I Just Think (Depreston)
85) Colin Stetson & Sarah Neufeld – Never Were The Way She Was (The Sun Roars Into View)
86) So Hideous – Laurestine (Yesteryear)
87) The World Is a Beautiful Place And I Am No Longer Afraid To Die (January 10th, 2014)
88) Godspeed You! Black Emperor – Asunder, Sweet And Other Distress (Piss Crowns Are Trebled)
89) Tobias Jesso Jr. – Goon (Hollywood)
90) Hop Along – Painted Shut (Waitress)
91) Boogarins – Manual Ou Guia Livre De Dissolução Dos Sonhos (Avalanche)
92) Deafheaven – New Bermuda (Luna)
93) Aphex Twin – Computer Controlled Acoustic Instruments pt2 EP (diskhat ALL prepared1mixed 13)
94) Unknown Mortal Orchestra – Multi-Love (Multi-Love)
95) Rafael Castro – Um Chopp e Um Sundae (Ciúme)
96) Dingo Bells – Maravilhas Da Vida Moderna (Fugiu Do Dia)
97) Neon Indian – VEGA INTL. Night School (Smut!)
98) Young Thug – Barter 6 (Can’t Tell)
99) Oneohtrix Point Never – Garden Of Delete (Freaky Eyes)
100) Arca – Mutant (Mutant)

Leituras de 2015:

As Principais Teorias Do Cinema – Dudley Andrew*
A Invenção De Morel – Adolfo Bioy Casares**
Amor Líquido – Zygmunt Bauman*
Molloy – Samuel Beckett
O Último Vôo Do Flamingo – Mia Couto*
O Erro De Descartes – António Damásio
Discurso do Método – René Déscartes
Dois Irmãos – Milton Hatoum*
Entre Nós – Emmanuel Lévinas**
O Manifesto Comunista – Karl Marx e Friedrich Engels
Hamlet – William Shakespeare**
Simmel e a Modernidade – Georg Simmel (organizado por Jessé Souza e Berthold Öelze)**
A República – Platão*
Cármides – Platão* 
A Ética Protestante e o Espírito Do Capitalismo – Max Weber*